Com saída de Pimenta, governo tem a sétima troca de ministro desde a posse; relembre movimentações
Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência é a mais recente baixa na equipe original do governo. Sidônio Palmeira leva equipe ao Palácio do Planalto
Com a saída do ministro Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), confirmada nesta terça-feira (7), agora já são sete as trocas na equipe ministerial desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pimenta será substituído por Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha de Lula à presidência em 2022. Lula e aliados próximos vinham verbalizando publicamente uma necessidade de o governo comunicar melhor suas conquistas.
Relembre abaixo as movimentações anteriores na equipe ministerial:
Direitos Humanos
Mulheres afirmam que foram assediadas por Silvio Almeida
Em setembro de 2024, o ex-ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, foi demitido por Lula após denúncias de assédio sexual.
No lugar dele, assumiu a ministra Macaé Evaristo.
Gabinete de Segurança Institucional
A permanência do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 era alvo de questionamentos por uma ala do governo.
Nos bastidores, aliados de Lula apontavam falhas do ministério que permitiram os episódios de vandalismo na Praça dos Três Poderes, especialmente no Palácio do Planalto.
Também havia quem suspeitasse de que Gonçalves Dias, general da reserva do Exército, pudesse fazer vistas grossas com militares envolvidos nas articulações golpistas – o que não se confirmou.
Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, presta depoimento à CPI dos Atos Golpistas
A situação do então ministro ficou insustentável após a divulgação de um vídeo no dia 19 de abril em que ele aparece no Palácio do Planalto no dia da invasão à sede do Executivo.
As imagens mostram Gonçalves Dias e funcionários do GSI circulando pelo prédio enquanto este era invadido naquele domingo.
Depois que as imagens vieram à tona, o militar pediu demissão e foi exonerado. Para o seu lugar, foi escolhido o também general da reserva Marcos Antonio Amaro dos Santos, que permanece no cargo.
Turismo
Para aumentar a base aliada no Congresso Nacional, o presidente Lula atendeu a uma demanda do Centrão e, após semanas de impasse, retirou Daniela Carneiro (União Brasil) do Ministério do Turismo em julho de 2023.
A escolha de Daniela como ministra foi uma decisão pessoal de Lula em razão do apoio dela e do marido – o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos) – à candidatura do petista em 2022 na Baixada Fluminense.
Entretanto, Daniela não contava com o respaldo da bancada do União Brasil no Congresso. A ministra inclusive chegou a dar início a um processo de desfiliação da legenda, o que não se concretizou.
Os parlamentares do União Brasil pressionaram o governo pela troca, e Celso Sabino (União-PA) foi nomeado para o Ministério do Turismo.
Esportes
Em setembro de 2023, também com o objetivo de conquistar mais apoio do Centrão no Congresso, Lula promoveu uma minirreforma ministerial.
Desta vez, o petista retirou do Ministério do Esporte a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, para colocar André Fufuca (PP-MA), que até ser oficializado ministro era deputado federal influente no Centrão.
Micro e pequena empresa e Portos
Além da mudança na pasta do Esporte, nessa minirreforma ministerial, Lula criou mais um ministério, o das Micro e Pequenas Empresas.
A nova pasta foi ocupada por Márcio França (PSB), que até então chefiava o Ministério de Portos e Aeroportos, para o qual foi indicado Silvio Costa Filho (Republicanos), outra pedida do Centrão.
Justiça
Ainda em 2023, em novembro, Lula indicou o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a aposentadoria de Rosa Weber.
Como indicados para o STF precisam ser sabatinados e aprovados pelo Senado para tomar posse, enquanto o trâmite era ajustado, Dino permaneceu no Ministério da Justiça até 31 de janeiro.
Em seu lugar, assumiu o ministro aposentado da Suprema Corte Ricardo Lewandowski, que foi anunciado para a função em meados de janeiro deste ano.FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/01/07/com-saida-de-pimenta-governo-tem-a-setima-troca-de-ministro-desde-a-posse-relembre-movimentacoes.ghtml